Um sábado inteiro em silêncio. Frio e chuva fina em Vitória. Ninguém sai de casa, ninguém entra nos blogs. Os carros levantam as saias, delicadamente, para passar. As crianças olham as nuvens, os caranguejos se encolhem sob a lama, as paredes enchem de bolor. Os vizinhos todos dormem e, quando acordam, pedem pizzas. Mesmo as motos de entrega fazem pouco barulho - ou então ele é abafado pela preguiça de uma população inteira, já transformada em algo como uma massa abafando as casas. As pessoas passam encapotadas, sob o frescor de 22 graus. A praia parece um cenário de filme, algo impossível, visto por detrás do vidro. É tanto o silêncio que o próprio pensamento, enquanto escrevo, soa alto demais. Quando chove, o mundo acaba em Vitória.
É desse jeito mesmo.
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