O Aboio está de volta. É o mesmo, porém diferente. Como espaço de escrita que é, volta a servir de desaguadouro a tudo o que me encanta, ou, pelo contrário, me apavora. Depois de tantos anos de afastamento, eu mesma me desreconheço nas postagens mais antigas. Os amores são outros, as causas são outras, é outro o país.
Queria, há um bom tempo, escrever-te estas linhas para te fazer uma pergunta. Mas acho que suas delicadas (e também ásperas) linhas me impedem disso. Ou melhor, a pergunta foge quando leio suas linhas, me perco na companhia (insidiosa eu diria) de suas palavras e sofro certa arrebatação quando duas ou três construções me põem de ponta cabeça. Seria possível desfazer-se desta ficção? Seria possível desvestir-se de tudo e ter saudades não da ausência, mas da presença? A saudade, ou saudades, não seria um exercício de falta de presença o que, não necessariamente, representa ausência?
Sim, mas para isso eu não precisava ser; para isso não sou necessária. Eu jogo com palavras. Sem isso, a ficção não seria a que te arrebata, a que te faz escrever aqui. Aqui eu jogo com palavras. Fora daqui, os outros jogos. Um abraço.
Ademais, saudades da ausência são o que há, pois a saudade é sempre na ausência, o que é quase saudade da saudade... É isso que o texto quer recuperar, esse sentimento absurdo e pior que a saudade, porque sem esperança, desejando portanto o seu contrário.
saudades de ser desconcertado por suas palavras!!!
ResponderExcluirDiga quem você é e eu lhe direi com quem você anda, rs. Ou o oposto. Estou brincando: se tem saudades de mim, é certo que devo tê-las também, de você.
Excluirkkkkk. Acredito que sim!
ExcluirQueria, há um bom tempo, escrever-te estas linhas para te fazer uma pergunta. Mas acho que suas delicadas (e também ásperas) linhas me impedem disso. Ou melhor, a pergunta foge quando leio suas linhas, me perco na companhia (insidiosa eu diria) de suas palavras e sofro certa arrebatação quando duas ou três construções me põem de ponta cabeça. Seria possível desfazer-se desta ficção? Seria possível desvestir-se de tudo e ter saudades não da ausência, mas da presença? A saudade, ou saudades, não seria um exercício de falta de presença o que, não necessariamente, representa ausência?
ResponderExcluirSim, mas para isso eu não precisava ser; para isso não sou necessária. Eu jogo com palavras. Sem isso, a ficção não seria a que te arrebata, a que te faz escrever aqui. Aqui eu jogo com palavras. Fora daqui, os outros jogos. Um abraço.
ResponderExcluirAdemais, saudades da ausência são o que há, pois a saudade é sempre na ausência, o que é quase saudade da saudade... É isso que o texto quer recuperar, esse sentimento absurdo e pior que a saudade, porque sem esperança, desejando portanto o seu contrário.
ResponderExcluir