A mesma professora de Yoga que um dia peguei lixando as unhas durante o relaxamento (aderbal verbo me corrige: não é aula; também não é professora) hoje me comoveu com um gesto simples, mas que, para mim, naquele momento, avultou merecedor do prêmio nobel: percebendo que eu sentia frio, tirou não sei de onde algo que também não vi o que era, porque mantinha os olhos fechados, e me cobriu os pés gelados. Delícia do carinho espontâneo e gratuito! Ela me deu: o calor! Desta vez estraguei o relaxamento pensando em por que aquele gesto me comovia assim. Assustei-me verdadeiramente ao perceber que há anos não era alvo dos cuidados de alguém; prometi doar parte do calor que conseguir juntar e pensar melhor sobre o gesto corriqueiro de lixar as unhas...
Essa flor é muito especial! No meio do matinho, no cerrado onde é dura, seca e cortante a vida, lá está ela, não exatamente simétrica, nem comercializável e, por pouco, não é bonita. Frágil, da mesma matéria que nós.
ResponderExcluirSigo leitora!
ResponderExcluirÀs vezes não damos conta dos gestos de carinho semeados no cotidiano...
A mão que cuida das próprias unhas tb acalenta pés alheios...
Bjs
O quilate humano desses comentários... a sua poesia... sigoleitora, rs. Abraços com carinho.
ResponderExcluirA surpresa do algo que vem sabe-se lá de onde pra aquecer os pés, da flor improvável no cerrado - do conforto do bom texto quando quase todo mundo parece lixar as unhas. Bom.
ResponderExcluirBeijos.