Tarsila do Amaral: A negra.
Fim de uma tarde de mil novecentos e lá vai infância, na vila velha. Eu voltava da escola pelas ruas de ataíde, em direção à ilha das flores, o sol na nuca feito um farol alto. De certo modo, até hoje procuro aquela ilha. Ou talvez eu esteja parada na porta do armazém, no momento em que a sombra se agigantou à minha frente, petrificando-me o corpo ao fincar na terra, entre os meus dedos, uma vara longa e delgada. Era Maria Tomba Homem. Seu nome pronunciado em voz alta fazia tremer inteira a lista de chamada. Desde então folhea-se repetidamente, diante dos meus olhos, a série de gigantes coloridos que já habitava os meus sonhos diurnos.
Andréia,
ResponderExcluirFoi um prazer sair da superfície e mergulhar no seu blog.
Vou voltar mais vezes!
Abraços,
Douglas Salomão
Veja bem-vindo, caro Douglas!
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