Procura-se um rapaz de olhos profundos, da cor da noite passada. Os cabelos são do mesmo tom e avançam por incerta ancestralidade.
As mãos semelham ter trabalhado longamente a maciez do ferro, cada uma desaguando em cinco rios de ébano, talhando mesas e lousas e corpos.
Deve segui-lo um pequeno grupo de elfos.
Relatará um endereço conhecido, porém jamais estará em casa. Se o virem atravessando a avenida, confirmem o seu perfume de laranja e canela, a torre macia dos ombros, as costas aveludadas.
Na voz pode ser que se disfarcem torrentes e luminosa cascata.
Há nela claves de doçura e dureza.
É prudente abordá-lo com firmeza e conduzi-lo suave, ao som de nina simone.
Howard Shore criou na mais remota instância da imaginação, aquele que se assemelha a tal perfil e vai além. Essa busca ainda vai te levar além.
ResponderExcluirAmém !
ou Alá, sei lá.