À superfície do abismo,
na ponta seca da língua,
pressinto o gélido húmus.
Gotículas do suor
sabem a sal e pimenta.
Sigamos, cavando a unha,
a estranha massa disforme!
Avante mais uns milímetros
e atingiremos
a pasta quente
do coração.
O coração é músculo oco,
um órgão,
centro do escudo.
Os zelos, inalcançáveis,
vivem reféns
nas altas câmaras do cérebro.
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