Mal terminamos de regar as plantas e saiu desfilando pelos azulejos uma daquelas lagartinhas cujo caminhar se resume a um movimento sucessivo de encolher e esticar o miolo do corpo, que se mantém erguido do chão, ora juntando, ora afastando as periferias, entortando-se como um U de ponta-cabeça.
Diante de nosso olhar hipnotizado, ela pareceu mesmo abrir um sorriso, como numa animação. Nisso a Flora me olhou séria:
- Mamãe, a lagarta sabe que ela anda!?
É, meu amigo poeta Dudu Peperê tem mesmo razão: as crianças são os maiores e melhores poetas.
ResponderExcluirAndréia, isso tá parecendo Manoel de Barros.
Bj pra vc e seus poetinhas!
Não há a menor dúvida, Ivny. Basta um adulto atento para registrar o evento poético. Beijo.
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