Vinícius,
eu queria ter escrito no influxo da leitura de Flores azuis, esse livro
espantoso com o qual você me presenteou! Não me lembro de já ter sentido
náuseas lendo um romance - ou então faz muito tempo... Você disse bem: é
um livro, por tudo, honesto. Tendo lido, compreendi melhor a escolha do adjetivo e, de quebra,
entendi por que fazer uma dissertação de mestrado sobre ele.
A autora é tão
jovem... Ela não me parece ser jovem demais para a vivência que, de algum modo,
é preciso ter para escrever o que escreveu sobre o amor e sobre alguém que
declara e impõe o seu modo de aplacar o amor... não é isso que diz a A. o
amante, nos momentos em que, de dentro da dificuldade dele com o sentimento, ou
com a expressão, ou com a expressão do sentimento, ele a penetra das maneiras
mais inesperadas e definitivamente?: Isso é para aplacar o amor.
Esse livro é espantoso mesmo!Lendo e relendo sempre me encontro detalhe que antes não havia sentido!! Não entendi bem o que você perguntou, por isso não tenho como trocar ideias agora!!! Mas em relação à definitiva penetração, em sentidos estendidos, sem dúvida, ele faz isso com A. Do início ao fim ela é atravessada por seu amante!!
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