Eu deveria, talvez, parar por aqui, mas isto, primeiro ou último, segue, porque é uma carta. Ridícula como toda carta de amor. E eu, que já não temo o ridículo, e muito menos o amor, sigo com ela...
E dizia justamente que o último se prolonga ao infinito.
Como é então que o infinito pode ser o último, pode ter um fim, com certeza você está se perguntando, um meio sorriso dependurado no arco grego da boca.
Como é então que o infinito pode ser o último, pode ter um fim, com certeza você está se perguntando, um meio sorriso dependurado no arco grego da boca.
Como é que eu, envolta na fumaça de intermináveis cigarros, posso estar certa de que se trata da última carta que lhe escrevo, justo a você, o especialista na arte de adiar?
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