Só mesmo a título de desejo (de que fosse a última) - ou de ameaça. A ideia porém não me agrada, já que o pacto primeiro de quem escreve é consigo, e é preciso contar com a possibilidade de que a carta não seja lida, de que não seja portanto a última – nem mesmo a primeira.
Não, ao contrário do que você imagina, não perguntarei se a existência do primeiro se faz necessária ao coroamento do último. Não. Isto é uma carta de amor, algo dificílimo de escrever para você. E talvez seja realmente a última, já que o nosso próximo formato será (esta sim uma clara ameaça): o romance. Um romance finito.
E apesar do longo prelúdio, saiba que esta carta – como tudo – terá um ponto ao final.
Porra, muito inteligente esse primeiro parágrafo.
ResponderExcluirTambém achei. Uma carta de amor pensante.
ResponderExcluirValeu, obrigada.
ResponderExcluir