sábado, 22 de setembro de 2012

Carta aberta 20

Ei Heitor,
desculpe pelo esquecimento. Foi resultado do sufoco que está sendo este mês: muita coisa ao mesmo tempo, mas, felizmente, só coisa boa! A sua encomenda chegou, sim. E no dia certo! Que delicadeza - a sua e a da bailarina: muito, muito linda. Eu nunca pensei que você se lembrasse de um detalhe como esse. Coloquei-a na estante do meu escritório, sobre as peças do Nelson Rodrigues: está bem assim, não está?
Mamãe mora num sítio. Pela manhã ela recolhe uma dúzia de ovos marronzinhos, que têm a gema escura. Os que apreciam ovos dizem ser deliciosos. Depois ela dá ração aos peixes que cria nos poços, alimenta as galinhas, liga os pivôs para molhar a horta, depois o café, e segue por ali, inventando coisas para fazer. O nosso dia se consome na invenção: apanhar uns cajás, descascar uma laranjas, pescar, assar uns pães... Iremos até lá, sim; sem dúvida.
Até logo. Beijos,
Andrea.

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