sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Carta aberta 13

Também achei bem bacana, Dea.
O negócio é dele e ele dá para quem quiser. Aliás, pagou para dar. Se foi uma boa escolha,
ou não, somente Raduan Nassar para pensar antes de dormir em seu colchão de chacareiro.
A mim também não me surpreendeu tanto a notícia. Esse fato só comprova que o homem abandonou mesmo a literatura e não era firula, conforme comentado pelos críticos da época – já faz tanto tempo! Para fecundar a terra, quanto trabalho ele não deve ter tido. E todos teremos de abandonar nosso campo, lavrado ou não...
Não consigo falar muito sobre o Nassar. Ele fez uma puta obra e desencanou, para mim é só e suficiente (mas não o bastante!). Isso prova que a literatura está mais próxima de galinhas e soja
que de saraus e noite de autógrafos. Ou que a literatura independe desses últimos dois conjuntos.
Abandonar tudo sempre é uma miragem da liberdade, ao que parece.
Você já leu Thomas Bernhard? Hoje acabei outro livro dele, o Meus prêmios. Gosto muito de outro: Perturbação. Era um austríaco peculiar.
Beijos,
H.

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